quinta-feira, 19 de abril de 2018

Porque é que a cola cola?

Cola (goma ou grude)


No mercado, existem vários tipos de colas com finalidades específicas. Existem colas para colar papel, para madeira, para vidro, para couro, para tecidos e assim por diante. Contudo, algumas vezes já tentamos colar algo com a cola que não era a adequada.  Por exemplo, já tentou colar madeira com cola para papel?
Não funciona. Porque será que isto acontece?

Cada tipo de cola é desenvolvido para estabelecer forças intermoleculares fortes com determinado material. Geralmente, as superfícies que são coladas possuem saliências e poros em que a cola penetra e provoca um contacto íntimo entre as suas próprias moléculas e as moléculas do material que será colado. Assim, são as forças de atração intermoleculares entre a cola e duas partes de um material que mantêm o conjunto inteiro unido.  
Imagem relacionada
Fig.2: Super cola


Quando aplicamos uma cola que não é específica para aquele material, as forças intermoleculares já existentes entre as moléculas do objeto serão mais fortes do que uma nova interação com as moléculas da cola. Assim, a cola não consegue provocar a adesão entre as moléculas.
Agora, sendo usada de modo correto, a adesão completa-se quando o solvente presente na cola evapora, ela seca e endurece, deixando apenas a substância que realiza a interação intermolecular.
No entanto, isto não ocorre com a super cola. Pois esta  é uma resina de cianoacrilato que precisa de iões OH- para ser ativada, esse iões vêm normalmente de uma quantidade ínfima de água, como a humidade que naturalmente fica sobre os materiais.
Os tubos de super cola então bem fechados, impedindo que a humidade entre e, sem água, não seca.
A água ativa a resina da supercola e o oxigénio presente no ar inibe-a . É por isso que os fabricantes da super cola não enchem totalmente os seus tubos, deixando um pouco de ar, pois esta precisa de humidade para agir.


Cátia Costa,nº7
Melissa Almeida,nº20
Sara Silva,nº26
12ºN1

Hiperligação: https://alunosonline.uol.com.br/quimica/por-que-cola-cola.html

Sono após o almoço? Há uma explicação ....


Resultado de imagem para sonolencia apos a refeição

Por que será que após as refeições, principalmente depois do almoço, costumamos sentir sonolência?

Um dos fatores que levam a essa sonolência é a quantidade de vezes que mastigamos os alimentos durante as refeições.
A Química Cinética é o ramo da Química que estuda a velocidade das reações e afirma que um dos fatores que influenciam a velocidade de uma reação – como a reação de digestão – é a superfície de contato. Quanto maior a superfície de contato, maior será a rapidez com que a reação ocorre.
De tal modo, quanto mais mastigamos, mais os alimentos são triturados e, assim, aumentamos a superfície de contato deles. Dessa forma, aumenta-se a rapidez da reação e a digestão ocorrerá com maior facilidade.
No entanto, se não triturarmos muito bem os alimentos antes de ingeri-los, a reação de digestão será mais lenta, pois será necessário mais suco gástrico para decompor o alimento. O principal constituinte do suco gástrico é o ácido clorídrico (HCl) e para aumentar a sua produção é necessário retirar iões H+ do sangue. É a retirada de iões  Hdo sangue que provoca a chamada sonolência após as refeições.
Além disso, após a digestão gera-se muito bicarbonato de sódio, que diminui a atividade de alerta do cérebro. Esse sono é denominado cientificamente  por alcalose(é um termo clínico que indica um transtorno no qual há um aumento na alcalinidade dos fluidos corporais) pós-prandial, isto é, pós-refeição.
Imagem relacionada
Fig.3: Esqueleto humano
Por esse e por outros fatores que visam à manutenção de uma boa saúde, os médicos, dentistas e nutricionistas recomendam que os alimentos sejam muito bem mastigados. Alguns macrobióticos aconselham a que se mastigue 100 vezes a comida a cada “garfada”.
Outros fatores que causam a sonolência é a falta de oxigenação no cérebro, uma vez que o sangue fica concentrado na área do aparelho digestivo; assim, a quantidade de oxigénio que chega ao cérebro diminui e sua atividade também, além de diminuir a irrigação do sistema nervoso,diminui a capacidade de concentração e a força dos músculos.
Além disso, o consumo de alimentos ricos em açúcar aumenta a concentração de glicose no sangue, que também deixa o cérebro menos alerta.

Cátia Costa,nº7
Melissa Almeida,nº20
Sara Silva,nº26
12ºN1

Hiperligações: https://alunosonline.uol.com.br/quimica/sono-apos-almoco.html

terça-feira, 17 de abril de 2018

Novo ataque químico na Síria




O ataque químico ocorreu no sábado, dia 8 de abril, e atingiu a cidade de Duma, em Guta Oriental, na Síria. De acordo com a OMS, pelo menos 500 pessoas foram afetadas e dezenas morreram, 49 mortos cita um comunicado conjunto divulgado pela Sociedade Médica Sírio-Americana (SAMS, na sigla em inglês) e a Defesa Civil síria (ONG, mais conhecida como Capacetes Brancos).
A ação foi atribuída pelo grupo rebelde sírio Jaish al-Islam ao regime de Bashar Al-Assad. Também os EUA, a França e o Reino Unido acusam o governo sírio de ser o responsável pelo ataque, o que Assad e a aliada Rússia negam.
justoSegundo a BBC, o ataque ocorreu por meio de uma suposta bomba-barril disparada por um helicóptero e contendo gás Sarín, um agente tóxico que afeta o sistema nervoso. Esta afirmação é corroborada por uma porta-voz da Union of Medical Relief Organizations, ONG americana que atua em hospitais sírios, que afirmou que há relatos de pessoas com convulsões e boca espumando, sintomas consistentes com a exposição a gás nervoso. 
Já não é a primeira vez que este gás é usado na Síria, há um ano, em 2017, também foi utilizado num ataque químico na província de Idlib e em 2013 em Ghouta, que deixou entre 350 e 1.500 mortos, denunciaram organismos internacionais.  

Gás Sarin


·                           O que é?
justo
           O gás Sarín é um gás altamente tóxico, pertencente ao grupo dos organofosforados, cuja fórmula molecular é C4H10PFO2. Esse gás é encontrado na forma líquida, como um líquido claro, incolor e insípido, ou em vapor, que possui um odor adocicado. O seu ponto de fusão é de -57°C, o ponto de ebulição de 147°C e a densidade 1,089 g/mL. A sua ação depende do pH do meio onde ele se encontra, ou seja, em pH ácido, entre 2 e 8 esse gás é altamente potente. Assim, pode-se neutralizar os seus efeitos utilizando soluções alcalinas de carbonato de sódio (Na2CO3), de hidróxido de sódio (NaOH) ou de hidróxido de potássio (KOH).
justo
Estrutura química do gás Sarín
Foi descoberto acidentalmente em 1936 por Gerhard Scharader, químico alemão, durante uma síntese de defensivos agrícolas.  O gás Sarín fez parte de uma classe de armas químicas desenvolvidas durante a Segunda Guerra Mundial.
Por ser um gás perigoso não há divulgação de sua síntese, pois, se isso acontecer poderá ser fabricado e utilizado de forma inadequada.

·                            Como atua?
Quando entra no organismo, através dos olhos, da pele, e também pela ingestão ou inalação, este atua no sistema nervoso central impedindo o funcionamento da enzima acetilcolinesterase, enzima responsável por evitar a acumulação de acetilcolina, um neurotransmissor que transmite impulsos nervosos ao organismo (ação essencial na comunicação entre neurónios).
Assim, o gás Sarín ao inibir a ação da enzima acetilcolinesterase, vai provocar a acumulação da acetilcolina no organismo, que em excesso faz com que os neurónios morram em poucos segundos após a exposição, um processo que normalmente demora vários anos. Em concentrações de 200 mg de sarín/m³, age muito rápido no organismo causando a morte em poucos minutos. Por isso, o tratamento com um antídoto deve ser feito o mais rápido possível, para diminuir o risco de morte.


·                           Quais os seus sintomas?
     Coriza (inflamação das fossas nasais, que é caracterizada por um corrimento nasal) e olhos aguados;
        Pupilas pequenas e contraídas;
        Dor nos olhos e visão turva;
        Excesso de transpiração;
        Sensação de aperto no peito e tosse;
        Náuseas, vómitos e diarreia;
        Dor de cabeça, tonturas ou confusão;
        Fraqueza em todo o corpo;
        Alteração do batimento cardíaco.
Estes sintomas podem surgir em poucos segundos após respirar o gás Sarin ou em alguns minutos ou horas, se o contato acontecer pela pele ou pela ingestão da substância na água, por exemplo.
Nos casos mais graves, em que existe um contato muito prolongado, podem surgir efeitos mais intensos como desmaio, convulsões, paralisia ou parada respiratória.

·                           O que fazer em caso de exposição?
Quando existe uma suspeita de se ter entrado em contato com o gás Sarín ou existe risco de estar em um local afetado por um ataque com este gás, é aconselhado sair o mais rapidamente da área e ir imediatamente para um local com ar fresco. Se possível, deve-se preferir um local alto, pois o gás Sarín é pesado e apresenta tendência para ficar mais perto do solo.
justoTambém é recomendado retirar toda a roupa, devendo-se cortar camisetas, uma vez que passá-las por cima da cabeça, aumenta o risco de respirar a substância. Além disso, deve-se lavar todo o corpo com água e sabão e passar água nos olhos durante 10 a 15 minutos. Nunca fazer respiração boca a boca na vítima. Depois destes cuidados, deve-se ir rapidamente ao hospital ou chamar ajuda médica.


·                           Qual é o tratamento?
O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível e pode ser feito com o uso de dois remédios que são um antídoto para a substância:
  • Prolidoxima: destrói a ligação do gás aos recetores nos neurónios, terminando sua ação.
  • justo
    Estrutura química da prolidoxima
  • Atropina: impede que a acetilcolina em excesso se ligue aos recetores dos neurónios, contrariando o efeito do gás.

justo
Estrutura química da atropina
Estes dois medicamentos podem ser dados no hospital diretamente na veia e, por isso, é que, caso exista suspeita de exposição ao gás Sarin, é aconselhado ir imediatamente ao hospital.

·                          Por que é difícil provar a utilização do seu uso?
De acordo com a especialista em biossegurança Sean Kaufman, do Centro da Universidade de Emory, a sua capacidade de se dispersar rapidamente torna difícil a deteção do gás. Para se obter uma boa evidência de que o gás Sarín foi utilizado, os investigadores precisam de estar no local, colher amostras de sangue ou de cabelo diretamente das áreas afetadas pelo agente químico.
                     Infelizmente, este gás está na mão de pessoas com más intenções, que o utilizam como arma química, acabando por matar e prejudicar a saúde de muitas pessoas que que nem sequer estão envolvidas na guerra. Esta é uma realidade horrível dos dias de hoje e é por isso que estar informado sobre esta gás, já causador de tantas mortes, é tão importante.

Cátia Costa nº 7
Melissa Almeida nº 20
Sara Silva nº 26
12º N1

Fontes:
https://www.infoescola.com/compostos-quimicos/gas-sarin/
https://g1.globo.com/mundo/noticia/ataque-quimico-na-siria-deixa-dezenas-de-mortos-dizem-ongs-governo-assad-nega-autoria.ghtml
 https://www.tuasaude.com/efeitos-do-gas-sarin/
https://g1.globo.com/mundo/noticia/oms-diz-que-500-pessoas-apresentaram-sintomas-de-um-ataque-quimico-em-guta-na-siria.ghtml
https://oglobo.globo.com/mundo/ataque-quimico-na-siria-que-o-gas-sarin-21170440
http://www.intertox.com.br/arma-quimica-sarin

domingo, 15 de abril de 2018

Preparação de soluções – REVELADOR e FIXADOR


O desafio lançado pela Professora Dilar Neves, responsável pelo Clube de Artes, para preparar as soluções necessária para revelar fotografias, foi realizado. Aqui ficam os procedimentos:

REVELADOR PARODINAL – UNIVERSAL PARA MATERIAIS PRETO E BRANCO
Preparação de 250 ml de Parodinal concentrado
Reagentes
 - Paracetamol (C8H9NO2);
- Sulfito de sódio (Na2SO3);
- Hidróxido de sódio (NaOH);
- Água destilada (H2O).
Procedimento
Reduzir completamente a pó 30 comprimidos de paracetamol e depois dissolver em 150 ml de água. (Algum resíduo pode-se depositar no fundo do frasco, mas isso não afeta a eficiência do revelador.)
Adicionar 50 g de sulfito de sódio e agitar até a completa diluição.
Adicionar à solução 20 g de hidróxido de sódio e misturar tudo com uma vareta de vidro.
Completar com mais 50 ml de água fria e deixe repousar durante 48 horas.
Guardar a solução num frasco ambar ao abrigo da luz.






Fixador para Papéis Fotográficos
Reagentes
- Tiossulfato de sódio pentahidratado (Na₂O₃S₂.5 H₂O)
- Sulfito de sódio (Na2SO3);
- Metabissulfito de sódio (Na2S2O5)
Procedimento
Dissolver em 500 ml de água morna, 240 gramas de tiossulfato de sódio pentahidratado (na forma anidra, 152 gramas).
Adicionar 10 g de sulfito de sódio e agitar até a completa dissolução.
Juntar 22 g de metabissulfito de sódio e completar com água até o volume de 1 l.
Esse fixador pode ser guardado sem uso por, aproximadamente, 3 meses.


Agora aguardamos pelas fotografias!