sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Química por detrás da serie Game of Thrones


O Fogovivo de “Game of Thrones”: será apenas um mito ou realmente existiu?



 Todos nós conhecemos ou ouvimos falar da serie Game of Thrones. Contudo, existem alguns factos químicos por detrás da história. Por exemplo: 

Segundo o livro A History of Greek Fire and Gunpowder, dos historiadores J. R. Partington e Bert S. Hall, o fogovivo, retratado em Game of thrones, tido por muitos como mito, realmente existiu!



 Apesar de todo drama e fantasia que esta série nos apresenta, também existe ciência por trás de umas das armas mais temidas da série, o Fogo Vivo. Este, historicamente, teria surgido em Constantinopla, capital do Império Bizantino por volta do século 7. 

Após o declínio do Império Bizantino, a fórmula original também teve o seu fim, morrendo com o império por volta do século 14. Este ficou conhecido como o fogo que não podia ser apagado, o fogo invencível. No entanto há relatos históricos que falam que era possível apagar essa chama com areia, vinagre e urina.

Hoje, com o avanço da química é possível fazer uma solução parecida com o Fogo Vivo da série. A experiência do Teste de Chamas, quando se utilizava o elemento Boro [B] era notável que a chama contendo este elemento se tornava verde devido a excitação dos electrões e decaimento dos mesmos liberando luz para retornar a seu estado fundamental. 

Diferentes cores que a chama apresenta dependente do elemento químico. ( Teste da chama)




  
O Boro é um elemento do grupo dos não-metais, mais precisamente do grupo 13 e encontra se no segundo período da tabela periódica. Possui número atómico 5. A configuração electrónica é 1s2 2s2 2p1


Podemos tentar recriar a tal arma mística utilizando um composto chamado Borato de Trimetila, onde a sua combustão gera algo semelhante ao visto na série.

Apesar da fantasia que vemos em Game of Thrones, e outras produções, há sim, sempre ciência por de trás.

Ana Tomesco
Inês Agostinho 
Marta Faustino 

12N1/N2




quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Colher no topo da garrafa segura o gás da bebida?


Colher no topo da garrafa segura o gás da bebida?

Já é costumo que o povo crie uma data de receitas caseiras para a solução dos nossos problemas. Agora, a pergunta que sempre colocamos é se é verdade ou mentira…


Neste caso, fala-se que ao colocar uma colher de bico na garrafa de uma bebida com gás faz com que esta mantenha as tais “bolinhas”

Bebidas como refrigerantes, água com gás, cerveja, entre outros… são denominadas como gaseificada… isto é, têm uma grande quantidade de dióxido de carbono (CO2) dissolvido enquanto a embalagem está fechada.


Após a abertura, o CO2 passa para o estado gasoso e escapa-se da embalagem, o que acaba também por modificar o sabor da bebida.

 Contudo, o químico Emiliano Chemello, garante: colocar uma colher no topo da garrafa não evitará a saída do gás.

Professor de química do Curso Positivo, de Curitiba (PR), Giba Lavras recorre a uma lei da química para explicar este fenómeno. "A Lei de Henry diz que os gases são mais solúveis no frio e em alta pressão", resume.

 Como dentro do refrigerante a pressão é maior do que a atmosférica, o gás fica dissolvido no líquido - mais ainda se a bebida estiver gelada. "Quando destampa o refrigerante, diminui a pressão e a solubilidade do gás no líquido. Então, a tendência do gás de dióxido de carbono  é escapar em forma de bolhinhas. 


Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/educacao/infograficos/quimica-na-cozinha/

Ana Tomescu Inês Agostinho Marta Faustino 12 N1/N2


segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Investigadora do Porto cria baterias mais seguras e duradouras

O grupo da Marta Faustino, da Inês  Agostinho e da Ana Tomescu  está, no seu trabalho de investigação, a desenvolver a temática “Química e a indústria” e selecionaram uma notícia que divulga o trabalho desenvolvido por uma investigadora da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto sobre uma bateria sólida mais segura do que as "tradicionais", evitando curto-circuitos e explosões, capaz de armazenar mais energia, "não poluente" e produzida com materiais ecológicos.

Data da notícia 11/05/2017

Uma investigadora da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto desenvolveu uma bateria sólida mais segura do que as "tradicionais", evitando curto-circuitos e explosões, capaz de armazenar mais energia, "não poluente" e produzida com materiais ecológicos.

Esta inovação surge "da necessidade de se fazerem baterias seguras, sem eletrólito (substância que se dissolve para originar uma solução que conduz eletricidade) inflamável, que é, atualmente, utilizado nas baterias de ião lítio", disse à Lusa a investigadora do Departamento de Engenharia Física da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), Maria Helena Braga, responsável pela investigação.

Estas baterias agora desenvolvidas, para além dos elétrodos sólidos, encontrados também nas baterias de ião de lítio, têm um eletrólito em vidro, que impede a formação de dendritos (curto-circuitos internos).

De acordo com a investigadora, nas baterias de ião de lítio, os dendritos "crescem como lanças", atravessando o separador que divide os dois elétrodos sólidos e fazendo um curto-circuito que vai aquecer a bateria levando, eventualmente, à sua explosão.

Estas baterias agora desenvolvidas, para além dos elétrodos sólidos, encontrados também nas baterias de ião de lítio, têm um eletrólito em vidro, que impede a formação de dendritos (curto-circuitos internos).

Tem ainda a vantagem de poder operar em temperaturas muito baixas, outro benefício relativamente às baterias de lítio atuais.

Maria Helena Braga, 45 anos, publicou pela primeira vez sobre a tecnologia de eletrólitos de vidro em 2014, quando desenvolvia investigação na FEUP, tendo recebido, nessa altura, um contacto do investigador norte-americano da Universidade do Texas (Austin, Estados Unidos), Andy Murchison, que conhecia bem John Goodenough, o inventor das baterias de iões de lítio, com o qual foi "desafiada" a trabalhar.

"Durante um ano vim muitas vezes a UT-Austin e, em fevereiro de 2016, pedi equiparação a bolseiro para fazer trabalho em baterias com lítio-metálico que não podia fazer na FEUP", referiu, acrescentando que, até julho, o objetivo "é aproveitar" esta estada nos EUA e a "possibilidade de trabalhar de perto com tecnologia e equipamento de ponta".

Segundo a investigadora, as razões que a levaram a desenvolver este projeto em Austin devem-se ao facto de, na altura em que foi iniciado, não ter um laboratório na FEUP nem uma caixa de luvas com as quais pudesse trabalhar em atmosfera de gás inerte, com metais como o lítio e o sódio, que são "muito reativos ao ar".

A investigação, iniciada em 2013, conta, atualmente, com a colaboração dos investigadores Joana Espain, do Departamento de Engenharia Física da FEUP, e com o Jorge Ferreira, do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG).

Segundo um comunicado divulgado recentemente pela Universidade do Texas, apesar de os anúncios sobre novas tecnologias de baterias serem frequentes, esta investigação está a ser vista como muito sólida e a tecnologia anunciada tem fortes possibilidades de ser industrializada rapidamente.

A especialista, que vai continuar este projeto quando regressar a Portugal, é formada em Física do Estado Sólido e Ciências dos Materiais, doutorada em Engenharia Metalúrgica e Materiais, na Universidade do Porto, e professora auxiliar no Departamento de Engenharia Física da Universidade do Porto, desde 2002.

Entre 2008 e 2011 trabalhou nos "Los Alamos National Laboratory", nos Estados Unidos, tendo, até à data, nove patentes e mais de 40 artigos publicados em revistas internacionais.
 John Goodenough, considerado o pai das baterias de iões de lítio e Maria Helena Braga, investigadora da FEUP