sábado, 28 de abril de 2018

O mau cheiro pode matar?


Ninguém pode morrer devido ao mau cheiro em si. Porém, existem substâncias, cujo cheiro é desagradável, que podem ser fatais, devido às reações bioquímicas que provocam quando em contacto com o organismo humano.

Exemplos destas substâncias são o amoníaco (NH3), clorofórmio (HCl3) e o tetracloreto de carbono (CCl4).
Estrutura química do tetracloreto de carbono

Estrutura química do amoníaco














Estrutura química do clorofórmio

Uma das mais letais, e fedorentas, é o ácido sulfúrico (H2SO4), que pode ser encontrado em forma de gás (gás sulfídrico-H2S)), este é altamente tóxico, irritante, inflamável e queima facilmente, podendo formar dióxido de enxofre (SO2), em contacto com o ar. Este gás pode ser obtido de forma natural, através da decomposição de matéria orgânica, devido à ação bacteriana, ou através da redução de sulfatos, devido à ação de microrganismos sulfato-redutores.
Pode ser encontrado nos esgotos e em águas termais, localizadas nas proximidades de vulcões.

Este, em pequenas quantidades (baixa concentração), pode causar irritação nos olhos, dor de garganta e queda de tenção. Quando a sua concentração é elevada, bloqueia as vias respiratórias e bloqueia o sistema nervoso, devido à sua volatilidade, impedindo o funcionamento dos pulmões, podendo assim levar à morte por asfixia e não devido ao seu mau cheiro característico, cheirando este a ovo podre, que, dependendo da concentração pode levar a que a vítima deixe de sentir o seu mau cheiro, uma vez que esta anestesia o sistema olfativo.
As intoxicações com o ácido sulfídrico podem ser mais letais do que as intoxicações com monóxido de carbono (CO) e ácido cianídrico ((HCN).


Trabalho realizado por:
Cátia Costa, nº7
Melissa Almeida, nº20
Sara Silva, nº26
12ºN1
Fontes:
https://mundoestranho.abril.com.br/saude/um-cheiro-ruim-e-capaz-de-matar/
https://www.infoescola.com/quimica/acido-sulfidrico/
https://lorenafelipebioifes.wordpress.com/2011/06/19/drogas-cloroformio/
http://www.wikiwand.com/pt/Tetracloreto_de_carbono
https://it.wikipedia.org/wiki/File:Ammonia-2D.svg





A pasta de dentes e a química




A paste de dentes é um produto indispensável para a manutenção e saúde dos dentes e da nossa boca, pois além de combater as cáries, ajuda também no combate ao tártaro, à placa bacteriana e ainda auxilia no aclareamento dos dentes.

·         Quais são então as substâncias presentes na pasta de dentes que possibilitam todas estas funções?

 O principal constituinte do esmalte dos dentes é um sal, a hidroxiapatita (Ca5OH(PO4)3) (s). Este sal é duro e praticamente insolúvel em água, mas que, no entanto, pode ser atacado por ácidos.
A hidroxiapatita, encontra-se constantemente em meio aquoso, por causa da saliva, esta entra em equilíbrio com os seus iões, conforme a equação química abaixo. A dissolução da hidroxiapatita é denominada desmineralização, e o processo inverso, mineralização. 



A presença de ácidos na nossa boca faz com que haja iões H+, reajam com o ião hidróxido (OH-), favorecendo a reação direta, originando, assim, a desmineralização, a hidroxiapatita vai ser consumida e irá fragilizar o esmalte dos dentes.
A presença de ácidos pode se dar principalmente de duas formas: a primeira é por meio do consumo de comidas e bebidas ácidas, como refrigerantes. Já outra forma de o meio ficar ácido acontece da seguinte maneira: a nossa saliva possui proteínas que formam uma camada invisível sobre os dentes, nessa camada, acumulam-se as bactérias e é a esse conjunto que damos o nome de placa bacteriana. Quando comemos açúcares e proteínas, as bactérias também se alimentam deles metabolizando-os, libertando ácidos que atacam os dentes, dissolvendo o esmalte, provocando, assim, a cárie.
Para combater esse processo de desmineralização da hidroxiapatita, as pastas de dentes costumam dizer nas embalagens que contém flúor (F), mas na realidade contém o ião fluoreto (F-).
 A presença do fluoreto é importante porque ele tem a propriedade de substituir os iões hidróxido (OH-) na hidroxiapatita, formando o composto fluorapatita, que é ainda menos solúvel em água e torna o esmalte dos dentes mais resistente ao ataque dos ácidos, pois não se forma o hidróxido na sua dissociação:

Visto que o meio ácido favorece a formação de cáries, algumas pastas de dentes contêm também certas bases que diminuem a acidez da boca, como o bicarbonato de sódio e o hidróxido de magnésio. 

Assim, o uso do fio dental e da pasta de dentes numa escovagem correta retira a placa bacteriana que se forma e previne o tártaro, que é uma deposição de sais minerais sobre os dentes, que ocorre quando a placa não é removida. O tártaro é uma estrutura rígida que não é retirada só com a escovagem, sendo necessário recorrer a um dentista. 


A ação anti-cárie que é destacada pelo marketing dá-se em virtude da presença do ião fluoreto. Já a ação antitártaro é conseguida com a presença de peróxidos ou pirofosfatos. E, como vimos, a placa contém bactérias, por isso as pastas de dentes com ação anti-placa bacteriana contêm substâncias anti-microbianas. A ação clareadora dá-se devido à presença de água oxigenada.
Outro aspeto interessante da pasta de dentes é a espuma que faz, sendo, portanto, considerada um detergente, assim como outros produtos que geram espuma, como champôs, detergentes sintéticos, sabões e sabonetes. Essa espuma resulta da presença do laurilssulfato de sódio, (H3C ─ CH─ CH─ CH─ CH─ CH─ CH─ CH─ CH─ CH─ CH─ CH2─ OSO-3Na+ ), na sua composição.

Trabalho realizado por:
Cátia Costa nº7
Melissa Almeida nº20
Sara Silva nº26
12ºN1

Fontes:
https://alunosonline.uol.com.br/quimica/quimica-creme-dental.html


segunda-feira, 23 de abril de 2018

Uma Química Picante



A sensação que experimentamos ao ingerir alimentos picantes não é realmente um sabor, mas uma dor como resposta das terminações nervosas existentes na boca a um estímulo provocado pelo picante. É, contudo, uma dor relativamente suportável (varia de pessoa para pessoa…), ou seja, um ardor… sim, ardor será o termo mais apropriado porque o que sentimos é, de facto, uma sensação quente.
De que forma a química condimenta este assunto? É que o estímulo atrás referido é químico, sendo provocado por moléculas existentes nos condimentos picantes. Estas ditas moléculas interagem quimicamente com as terminações nervosas existentes na nossa boca. Estas enviam a informação ao cérebro e este responde imediatamente provocando as sensações que todos nós já sentimos.
Mas, afinal, de que substâncias picantes estamos a falar? Duas moléculas que recebem o óscar por este filme são a piperina e a capsaicina:
1. A piperina possui átomos de carbono (C), hidrogénio (H), oxigénio (O) e azoto (N) e tem a fórmula química C17H19O3N. É um alcaloide, sendo o componente ativo (entre 5-9 %) das pimentas branca e preta. Quando pura, apresenta-se sob a forma de um pó amarelado;
2. A capsaicina é uma das moléculas da família das capsaicinóides, de fórmula química C18H27O3N. Quando pura apresenta-se sob a forma de cristais brancos. Está presente em várias espécies de plantas do género Capsicum, incluindo o chili verde e vermelho e o Capsicum annuum. A variedade mais comum desde último é o pimento, mas há outras variedades das quais derivam, nomeadamente, a paprika e de onde se prepara o conhecido molho Tabasco.


Estrutura química da Capseicina e Piperina

           

       Poderemos ter uma sensação de prazer ou contentamento após ingerir comida picante. Esta sensação deve-se à produção de endorfinas no cérebro que são substâncias utilizadas pelos neurónios na comunicação do sistema nervoso, ou seja, neurotransmissores. Estas endorfinas têm características analgésicas (combatem a dor). Ainda se lembra da dor sentida na boca pelo contacto com as substâncias picantes? Pois, o cérebro estimula a produção destas moléculas para contrariar essa dor… As endorfinas também são produzidas, nomeadamente, durante o exercício físico, no amor e no orgasmo e visam relaxar e dar prazer, despertando uma sensação de euforia e bem-estar. Quanto mais forte ou maior a quantidade de picante ingerido, maior a quantidade de endorfinas produzidas e maior o prazer final. 


          A intensidade do ardor provocado pelos frutos do género Capsicum é medida tradicionalmente em unidades Scoville. Quanto maior o valor maior a quantidade de capsaicina presente. Só para se ter uma ideia, aqui ficam alguns números só por curiosidade: pimento (100); Tabasco (30.000); malagueta (60.000-100.000); chili de Habañero, Cuba (300.000); capsaicina pura (16.000.000).


       Já foram feitos estudos no sentido de saber qual será o melhor líquido-bombeiro para a capsaicina. Entre os estudados estão, nomeadamente, a água, o leite e as bebidas alcoólicas. Sabe qual o vencedor? Água? Não… O leite! Acredita-se que a caseína (uma proteína do leite) funciona como que um detergente para a capsaicina, ou seja, ajuda a retirá-la dos recetores nervosos da boca. Outros produtos que possuem caseína e que podem ajudar à função são o chocolate de leite, as nozes e leguminosas, como o feijão. Qual é o problema da água? É que a capsaicina é pouco solúvel e o alívio é apenas temporário. Já é mais solúvel em etanol (o álcool mais abundante das bebidas alcoólicas) pelo que, não havendo leite por perto, é preferível bochechar a boca com um copo de whisky, vodka ou aguardente (com o líquido propriamente dito, não o copo…). A cerveja não ajuda muito pois 90-95 % da bebida é água. Outros apaziguadores dos ardores são produtos com elevados teores em gorduras já que a capsaicina também é aí relativamente solúvel. Além do já referido leite (gordo, de preferência) temos os seus derivados como o queijo, iogurte e gelado de nata. Este último tem a vantagem adicional de refrescar a boca. Alimentos com elevados teores de açúcares como as frutas, o mel, as cenouras, bebidas doces ou o próprio açúcar do pacote podem ajudar. Aqui, a razão é que os açúcares se ligam às terminações nervosas da boca de forma mais eficaz que a capsaicina, deslocando-a e inibindo o seu efeito. Também os ácidos podem cortar o efeito picante. Experimente o vinagre (está bem, talvez não seja a melhor ideia…) ou sumo de limão ou de lima. Que tal uma limonada com muito açúcar?
Em conclusão, consoante a sua sensibilidade ou efeito que quer ver provocado no seu organismo ingira comida picante com moderação…ou talvez não… Em qualquer dos casos, agora já pode dizer aos seus amigos ou familiares quando tiver comida picante por perto: “Lá vou eu ingerir um pouco de capsaicina e/ou piperina para induzir o meu cérebro a segregar uma dose de endorfinas para o meu bem-estar…”. Ah! E não se esqueça de ter um copo de leite, um pacotinho de açúcar ou uma bebida alcoólica forte à mão! Para o que der e vier…

Cátia Costa nº 7
Melissa Almeida nº 20
Sara Silva nº 26
12º N1


Fontes:
https://obagastronomia.com.br/pimenta-scotch-bonnet-e-um-pouco-sobre-a-escala-de-scoville/
http://quimicaparatodosuevora.blogspot.pt/2012/03/uma-quimica-picante.html
http://www.terraviva.com.br/site/index.php?option=com_k2&view=item&id=15949:a-crise-no-leite-so-aumenta-por-candida-zanetti
http://www.t-online.de/unterhaltung/tv/id_78807032/neue-stimme-von-homer-simpson-fans-entlarven-neuen-sprecher.html



domingo, 22 de abril de 2018

A química da tatuagem


        Alguma vez se perguntaram que tipo de substâncias são colocadas no nosso corpo quando fazemos uma tatuagem? Se sim, é agora o momento em que ficarão a saber a resposta.
            Desde há mais de 5 mil anos que as tatuagens existem e estas têm vindo a evoluir desde então, tanto que o seu uso, atualmente, tem se intensificado, basta olharmos à nossa volta que nos apercebemos desta realidade.
            A técnica utilizada nas tatuagens permanentes consiste em introduzir na derme com o auxílio de agulhas, pigmentos que ficam retidos nas células da pele. Esses pigmentos são insolúveis em água veiculados com dióxido de titânio (TiO2). Por serem insolúveis, estes componentes permanecem em estado sólido na derme – camada profunda da pele – não sendo removidos pelos nossos sistemas de defesa.
Demonstração da introdução dos pigmentos na derme

        Originalmente, estes pigmentos consistiam de misturas de carvão – no caso da tinta preta – ou de sais inorgânicos principalmente de metais pesados como mercúrio (Hg), prata (Ag) e chumbo (Pb) – no caso das coloridas. A descoberta da toxicidade destes compostos fez a indústria de tintas buscar outros pigmentos que pudessem ser utilizados com o mesmo resultado.

Atualmente, os pigmentos usados são sais de alguns elementos de transição. Porquê de elementos de transição? Os elementos de transição possuem a propriedade de formar compostos coloridos, devido à presença de orbitais d degeneradas, ou seja, parcialmente preenchidas, que permitem transições eletrónicas, responsáveis pela emissão de radiações na região do visível. Assim, foi possível criar as tatuagens coloridas. Os compostos dos elementos que apresentam todos as orbitais preenchidas (Zn, Cd e Hg), normalmente, não são coloridos. 





Os pigmentos mais comuns e suas cores específicas estão relacionados abaixo:

   Pigmento                                                                               Cor
·         Sulfeto de Mercúrio ......................................................   Preto
·         Carbono (carvão)    .......................................................   Preto
·         Sais de cádmio        .......................................................   Amarelo ou vermelho
·         Sais de crómio         .......................................................  Verde
·         Sais de ferro            .......................................................   Castanho, rosa e amarelo
·         Óxido de titânio   .........................................................    Branco
·         Sais de cobalto    ...........................................................   Azul

Cátia Costa nº 7
Melissa Almeida nº 20
Sara Silva nº 26
12º N1

Fontes:
https://petquim.wordpress.com/2014/08/07/tatuagens-sob-o-ponto-de-vista-quimico/
http://www.aquimicadascoisas.org/?episodio=a-qu%C3%ADmica-das-tatuagens
https://www.pinterest.pt/pin/293437731960642971/
http://periodictable86.blogspot.pt/2014/04/transition-elements_24.html



Química por detrás de um airbag


O airbag é, atualmente, um componente essencial na segurança dos ocupantes num automóvel. Este funciona de um modo relativamente simples. Quando um veículo sofre um grande impacto um sensor é acionado, que, por sua vez, aciona o airbag. Quando acionado, o airbag enche e amortece, assim, o choque, evitando que os passageiros sofram danos físicos graves.
O que faz realmente o airbag insuflar? É aqui que entra um pouco de química… Quando um sensor é acionado após um impacto, é fornecida corrente elétrica a uma pequena cápsula contendo vários químicos: azida de sódio (de fórmula química NaN3), nitrato de potássio (KNO3) e óxido de silício (SiO2). Várias transformações químicas ocorrem após a descarga elétrica emitida pelo sensor . 
A azida de sódio (sólido instável) transforma-se em sódio (Na) e azoto molecular (N2) (reação 1). O azoto é um gás (representa cerca de 78% do ar que respiramos) e é o responsável pelo enchimento do airbag (normalmente feito de material sintético, nomeadamente nylon ou poliamida). A velocidade a que o airbag enche é da ordem dos 200 a 400 Km/h.
A função do nitrato de potássio (também conhecido por salitre, entra nomeadamente na constituição da pólvora e é usado na indústria alimentar como conservante nas carnes fumadas e enchidos) e do óxido de silício (também conhecido como sílica, é o principal componente da areia e a principal matéria-prima para o fabrico do vidro) é remover o sódio (metal muito reativo e potencialmente explosivo), dando origem a substâncias relativamente inócuas. Em primeiro lugar, o sódio combina-se com o nitrato de potássio para produzir óxido de potássio (K2O), óxido de sódio (Na2O) e azoto adicional (reação 2). O azoto gerado nesta reação química também ajuda o airbag a encher, enquanto que os dois óxidos formados (óxido de potássio e óxido de sódio que são produtos tóxicos e corrosivos para os tecidos humanos) combinam-se com o óxido de silício para produzir "vidro" em pó que é estável e inócuo.

Reação 1
2 NaN3  → 2 Na + 3 N2

Reação 2 
10 Na + 2 KNO3 → K2O + 5 Na2O + N2

Reação 3 
K2O + 5 Na2O + SiO"vidro" 



Cátia Costa nº 7
Melissa Almeida nº 20
Sara Silva nº 26
12º N1

Fontes:
http://quimicaparatodosuevora.blogspot.pt/2011/01/quimica-por-detras-de-um-airbag.html#mor
https://sl.wikipedia.org/wiki/Slika:Potassium_nitrate_structure.svg
http://hablemosclaro.org/ingrepedia/dioxido-de-silicio/#1502295072892-3d0ef9c0-34bc
https://pt.wikipedia.org/wiki/Azida_de_s%C3%B3dio


quinta-feira, 19 de abril de 2018

Porque é que a cola cola?

Cola (goma ou grude)


No mercado, existem vários tipos de colas com finalidades específicas. Existem colas para colar papel, para madeira, para vidro, para couro, para tecidos e assim por diante. Contudo, algumas vezes já tentamos colar algo com a cola que não era a adequada.  Por exemplo, já tentou colar madeira com cola para papel?
Não funciona. Porque será que isto acontece?

Cada tipo de cola é desenvolvido para estabelecer forças intermoleculares fortes com determinado material. Geralmente, as superfícies que são coladas possuem saliências e poros em que a cola penetra e provoca um contacto íntimo entre as suas próprias moléculas e as moléculas do material que será colado. Assim, são as forças de atração intermoleculares entre a cola e duas partes de um material que mantêm o conjunto inteiro unido.  
Imagem relacionada
Fig.2: Super cola


Quando aplicamos uma cola que não é específica para aquele material, as forças intermoleculares já existentes entre as moléculas do objeto serão mais fortes do que uma nova interação com as moléculas da cola. Assim, a cola não consegue provocar a adesão entre as moléculas.
Agora, sendo usada de modo correto, a adesão completa-se quando o solvente presente na cola evapora, ela seca e endurece, deixando apenas a substância que realiza a interação intermolecular.
No entanto, isto não ocorre com a super cola. Pois esta  é uma resina de cianoacrilato que precisa de iões OH- para ser ativada, esse iões vêm normalmente de uma quantidade ínfima de água, como a humidade que naturalmente fica sobre os materiais.
Os tubos de super cola então bem fechados, impedindo que a humidade entre e, sem água, não seca.
A água ativa a resina da supercola e o oxigénio presente no ar inibe-a . É por isso que os fabricantes da super cola não enchem totalmente os seus tubos, deixando um pouco de ar, pois esta precisa de humidade para agir.


Cátia Costa,nº7
Melissa Almeida,nº20
Sara Silva,nº26
12ºN1

Hiperligação: https://alunosonline.uol.com.br/quimica/por-que-cola-cola.html

Sono após o almoço? Há uma explicação ....


Resultado de imagem para sonolencia apos a refeição

Por que será que após as refeições, principalmente depois do almoço, costumamos sentir sonolência?

Um dos fatores que levam a essa sonolência é a quantidade de vezes que mastigamos os alimentos durante as refeições.
A Química Cinética é o ramo da Química que estuda a velocidade das reações e afirma que um dos fatores que influenciam a velocidade de uma reação – como a reação de digestão – é a superfície de contato. Quanto maior a superfície de contato, maior será a rapidez com que a reação ocorre.
De tal modo, quanto mais mastigamos, mais os alimentos são triturados e, assim, aumentamos a superfície de contato deles. Dessa forma, aumenta-se a rapidez da reação e a digestão ocorrerá com maior facilidade.
No entanto, se não triturarmos muito bem os alimentos antes de ingeri-los, a reação de digestão será mais lenta, pois será necessário mais suco gástrico para decompor o alimento. O principal constituinte do suco gástrico é o ácido clorídrico (HCl) e para aumentar a sua produção é necessário retirar iões H+ do sangue. É a retirada de iões  Hdo sangue que provoca a chamada sonolência após as refeições.
Além disso, após a digestão gera-se muito bicarbonato de sódio, que diminui a atividade de alerta do cérebro. Esse sono é denominado cientificamente  por alcalose(é um termo clínico que indica um transtorno no qual há um aumento na alcalinidade dos fluidos corporais) pós-prandial, isto é, pós-refeição.
Imagem relacionada
Fig.3: Esqueleto humano
Por esse e por outros fatores que visam à manutenção de uma boa saúde, os médicos, dentistas e nutricionistas recomendam que os alimentos sejam muito bem mastigados. Alguns macrobióticos aconselham a que se mastigue 100 vezes a comida a cada “garfada”.
Outros fatores que causam a sonolência é a falta de oxigenação no cérebro, uma vez que o sangue fica concentrado na área do aparelho digestivo; assim, a quantidade de oxigénio que chega ao cérebro diminui e sua atividade também, além de diminuir a irrigação do sistema nervoso,diminui a capacidade de concentração e a força dos músculos.
Além disso, o consumo de alimentos ricos em açúcar aumenta a concentração de glicose no sangue, que também deixa o cérebro menos alerta.

Cátia Costa,nº7
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terça-feira, 17 de abril de 2018

Novo ataque químico na Síria




O ataque químico ocorreu no sábado, dia 8 de abril, e atingiu a cidade de Duma, em Guta Oriental, na Síria. De acordo com a OMS, pelo menos 500 pessoas foram afetadas e dezenas morreram, 49 mortos cita um comunicado conjunto divulgado pela Sociedade Médica Sírio-Americana (SAMS, na sigla em inglês) e a Defesa Civil síria (ONG, mais conhecida como Capacetes Brancos).
A ação foi atribuída pelo grupo rebelde sírio Jaish al-Islam ao regime de Bashar Al-Assad. Também os EUA, a França e o Reino Unido acusam o governo sírio de ser o responsável pelo ataque, o que Assad e a aliada Rússia negam.
justoSegundo a BBC, o ataque ocorreu por meio de uma suposta bomba-barril disparada por um helicóptero e contendo gás Sarín, um agente tóxico que afeta o sistema nervoso. Esta afirmação é corroborada por uma porta-voz da Union of Medical Relief Organizations, ONG americana que atua em hospitais sírios, que afirmou que há relatos de pessoas com convulsões e boca espumando, sintomas consistentes com a exposição a gás nervoso. 
Já não é a primeira vez que este gás é usado na Síria, há um ano, em 2017, também foi utilizado num ataque químico na província de Idlib e em 2013 em Ghouta, que deixou entre 350 e 1.500 mortos, denunciaram organismos internacionais.  

Gás Sarin


·                           O que é?
justo
           O gás Sarín é um gás altamente tóxico, pertencente ao grupo dos organofosforados, cuja fórmula molecular é C4H10PFO2. Esse gás é encontrado na forma líquida, como um líquido claro, incolor e insípido, ou em vapor, que possui um odor adocicado. O seu ponto de fusão é de -57°C, o ponto de ebulição de 147°C e a densidade 1,089 g/mL. A sua ação depende do pH do meio onde ele se encontra, ou seja, em pH ácido, entre 2 e 8 esse gás é altamente potente. Assim, pode-se neutralizar os seus efeitos utilizando soluções alcalinas de carbonato de sódio (Na2CO3), de hidróxido de sódio (NaOH) ou de hidróxido de potássio (KOH).
justo
Estrutura química do gás Sarín
Foi descoberto acidentalmente em 1936 por Gerhard Scharader, químico alemão, durante uma síntese de defensivos agrícolas.  O gás Sarín fez parte de uma classe de armas químicas desenvolvidas durante a Segunda Guerra Mundial.
Por ser um gás perigoso não há divulgação de sua síntese, pois, se isso acontecer poderá ser fabricado e utilizado de forma inadequada.

·                            Como atua?
Quando entra no organismo, através dos olhos, da pele, e também pela ingestão ou inalação, este atua no sistema nervoso central impedindo o funcionamento da enzima acetilcolinesterase, enzima responsável por evitar a acumulação de acetilcolina, um neurotransmissor que transmite impulsos nervosos ao organismo (ação essencial na comunicação entre neurónios).
Assim, o gás Sarín ao inibir a ação da enzima acetilcolinesterase, vai provocar a acumulação da acetilcolina no organismo, que em excesso faz com que os neurónios morram em poucos segundos após a exposição, um processo que normalmente demora vários anos. Em concentrações de 200 mg de sarín/m³, age muito rápido no organismo causando a morte em poucos minutos. Por isso, o tratamento com um antídoto deve ser feito o mais rápido possível, para diminuir o risco de morte.


·                           Quais os seus sintomas?
     Coriza (inflamação das fossas nasais, que é caracterizada por um corrimento nasal) e olhos aguados;
        Pupilas pequenas e contraídas;
        Dor nos olhos e visão turva;
        Excesso de transpiração;
        Sensação de aperto no peito e tosse;
        Náuseas, vómitos e diarreia;
        Dor de cabeça, tonturas ou confusão;
        Fraqueza em todo o corpo;
        Alteração do batimento cardíaco.
Estes sintomas podem surgir em poucos segundos após respirar o gás Sarin ou em alguns minutos ou horas, se o contato acontecer pela pele ou pela ingestão da substância na água, por exemplo.
Nos casos mais graves, em que existe um contato muito prolongado, podem surgir efeitos mais intensos como desmaio, convulsões, paralisia ou parada respiratória.

·                           O que fazer em caso de exposição?
Quando existe uma suspeita de se ter entrado em contato com o gás Sarín ou existe risco de estar em um local afetado por um ataque com este gás, é aconselhado sair o mais rapidamente da área e ir imediatamente para um local com ar fresco. Se possível, deve-se preferir um local alto, pois o gás Sarín é pesado e apresenta tendência para ficar mais perto do solo.
justoTambém é recomendado retirar toda a roupa, devendo-se cortar camisetas, uma vez que passá-las por cima da cabeça, aumenta o risco de respirar a substância. Além disso, deve-se lavar todo o corpo com água e sabão e passar água nos olhos durante 10 a 15 minutos. Nunca fazer respiração boca a boca na vítima. Depois destes cuidados, deve-se ir rapidamente ao hospital ou chamar ajuda médica.


·                           Qual é o tratamento?
O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível e pode ser feito com o uso de dois remédios que são um antídoto para a substância:
  • Prolidoxima: destrói a ligação do gás aos recetores nos neurónios, terminando sua ação.
  • justo
    Estrutura química da prolidoxima
  • Atropina: impede que a acetilcolina em excesso se ligue aos recetores dos neurónios, contrariando o efeito do gás.

justo
Estrutura química da atropina
Estes dois medicamentos podem ser dados no hospital diretamente na veia e, por isso, é que, caso exista suspeita de exposição ao gás Sarin, é aconselhado ir imediatamente ao hospital.

·                          Por que é difícil provar a utilização do seu uso?
De acordo com a especialista em biossegurança Sean Kaufman, do Centro da Universidade de Emory, a sua capacidade de se dispersar rapidamente torna difícil a deteção do gás. Para se obter uma boa evidência de que o gás Sarín foi utilizado, os investigadores precisam de estar no local, colher amostras de sangue ou de cabelo diretamente das áreas afetadas pelo agente químico.
                     Infelizmente, este gás está na mão de pessoas com más intenções, que o utilizam como arma química, acabando por matar e prejudicar a saúde de muitas pessoas que que nem sequer estão envolvidas na guerra. Esta é uma realidade horrível dos dias de hoje e é por isso que estar informado sobre esta gás, já causador de tantas mortes, é tão importante.

Cátia Costa nº 7
Melissa Almeida nº 20
Sara Silva nº 26
12º N1

Fontes:
https://www.infoescola.com/compostos-quimicos/gas-sarin/
https://g1.globo.com/mundo/noticia/ataque-quimico-na-siria-deixa-dezenas-de-mortos-dizem-ongs-governo-assad-nega-autoria.ghtml
 https://www.tuasaude.com/efeitos-do-gas-sarin/
https://g1.globo.com/mundo/noticia/oms-diz-que-500-pessoas-apresentaram-sintomas-de-um-ataque-quimico-em-guta-na-siria.ghtml
https://oglobo.globo.com/mundo/ataque-quimico-na-siria-que-o-gas-sarin-21170440
http://www.intertox.com.br/arma-quimica-sarin