sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Submarinos microscópicos para atacar células doentes

O grupo do Adriano Martins, da  Adriana Gonçalves, da Inês  Cabrita e da Daniela Rodrigues  está, no seu trabalho de investigação, a desenvolver a temática “Química e a medicina” e selecionaram uma notícia que divulga o trabalho desenvolvido por uma investigadora no ramo da nanotecnologia.



Investigadores da Dinamarca estudam a possibilidade de injetar cápsulas minúsculas no corpo para administrar medicamentos

 Leticia Hosta-Rigau, cientista espanhola de 35 anos, lidera a investigação | D.R.

Imagine um submarino microscópico que transporta medicamentos a navegar pela sua corrente sanguínea à procura de células doentes para tratar. O que até há bem pouco tempo parecia ficção científica, ao estilo do filme Viagem Fantástica, pode estar perto de se tornar realidade.

Um grupo de investigadores da Universidade Técnica da Dinamarca, que trabalha na área da nanomedicina (que alia a medicina e a nanotecnologia), está a desenvolver um projeto de cápsulas milimétricas que poderá vir a ter resultados promissores no tratamento de várias doenças.

A equipa de cientistas é liderada por Leticia Hosta-Rigau, uma investigadora, de 35 anos, natural de Barcelona, que recentemente foi galardoada com o prémio Mulheres na Ciência L'Oréal-UNESCO. "Criámos cápsulas, semelhantes a uns minúsculos submarinos, que transportam fármacos no seu interior. Injetam-se e viajam através da corrente sanguínea em busca de células doentes para as tratar", explicou a nanobiotecnologa ao jornal espanhol El Mundo.

Estes minúsculos equipamentos têm a particularidade de estar revestidos por um material que é capaz de detetar as células doentes e que se expressam de uma maneira diferente das células saudáveis. Quando as encontram, diz a publicação espanhola, unem-se às células e são absorvidos através de um processo que se chama endocitose e que permite o transporte de substância do meio extra para o intra celular.

"É lá que o medicamento é libertado", disse Leticia Hosta-Rigau, realçando que todo este processo se encontra em fase de testes. "Estamos a estudar o seu potencial e a ver até onde podemos chegar com eles", disse a investigadora. A linha de investigação que é seguida, explica o El Mundo, faz parte de um ramo da nanomedicina que não se dedica a estudar novosfármacos, mas que se debruça sobre as melhores formas de os dirigir especificamente para determinado local.

Apesar de esta metodologia ter sofrido significativos avanços nos últimos anos, este grupo de quatro investigadores será o primeiro, até ao momento, a produzir cápsulas com compartimentos separados, o que faz que este método seja visto como promissor para o tratamento de várias doenças.

O investigador Samuel Sanchez, natural da Catalunha, também se dedica à criação de nanorobôs capazes de navegar na corrente sanguínea e de administrar medicamentos. No ano passado, o cientista disse ao El País que este método pode vir a ser muito útil para o tratamento do cancro. A vantagem, explicou, é que os fármacos podem ser direcionados para um ponto específico, sem terem de ser libertados em todo o corpo. Entre os vários tipos de nanorobôs, os maiores são do tamanho de uma bactéria ou de uma célula cancerígena. E mil vezes mais finos do que o diâmetro de um fio de cabelo.

Fonte: Diário de Notícias (https://www.dn.pt/sociedade/interior/submarinos-microscopicos-para-atacar-celulas-doentes-5414999.html)
Data de consulta: 12/12/2017

Nobel da Química para as máquinas mais pequenas do mundo

“Bernard Feringa acredita que estas máquinas moleculares poderão vir a estar na origem de robôs (que viajarão até células cancerosas para administrarem medicamentos que as matem) ou de novos materiais (que recebem estímulos químicos para fazerem uma qualquer tarefa), entre muitas outras possibilidades.
(…)
Entretanto, já se produziram “carros” moleculares, elevadores moleculares, sistemas semelhantes aos músculos que se esticam e se contraem e um robô molecular capaz de ligar aminoácidos (os tijolos das proteínas).”

Fonte: Público (https://www.publico.pt/2016/10/05/ciencia/noticia/nobel-da-quimica-1746237) Data de consulta: 12/12/2017


A nanotecnologia é uma criação fantástica da ciência. Associada a esta encontram-se diversas áreas como a medicina. É uma área em ascensão e já há diversos investigadores dedicados aos progressos nanotecnológicos, sendo que os benefícios destes para a civilização são diversos. Na saúde pretende-se substituir determinados exames e tratamentos agressivos por algo realizado a partir de nanomateriais de modo a que os pacientes sofram os menores efeitos secundários possíveis no organismo.


No caso específico do cancro, como a notícia aborda, a quimioterapia (o tratamento mais convencional) não é um tratamento totalmente eficaz e também prejudica fortemente o organismo do paciente comprometendo a sanidade das células que não deveriam ser eliminadas.

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