domingo, 25 de março de 2018

Novo método que estende a validade do fiambre sem comprometer a sua qualidade


Conservação do Fiambre


O grupo do Hugo Canteiro, da Luana Placa, da Medina Fistican e do Gheorghe Marijinenu  está, no seu trabalho de investigação, a desenvolver a temática “Química e a alimentação” e selecionaram uma notícia de 11 abril 2017 que divulga a invenção, de investigadores da Universidade de Coimbra, relacionada com a conservação do fiambre.

Um revestimento comestível que aumenta o prazo de validade do fiambre fatiado e de outros produtos cárneos, sem comprometer a sua qualidade, foi inventado por investigadores da Universidade de Coimbra (UC), anunciou recentemente esta instituição.

O método inédito, que resolve «um problema da indústria alimentar a nível mundial», foi desenvolvido por investigadores do Colling, grupo do Centro de Química da Faculdade de Ciências e da UC (FCTUC), na sequência de um desafio lançado, nesse sentido, pela Primor Charcutaria-Prima, empresa de produtos alimentares, de Vila Nova de Famalicão. O novo revestimento de alimentos, que é comestível, é «produzido à base de polímeros e tensioativos naturais», revela a UC, numa nota enviada à agência Lusa. «Apoiada na lista de polímeros e tensioativos naturais aprovados pela FDA- Food and Drug Administration», a equipa de investigadores, liderada por Filipe Antunes, realizou «um conjunto de complexos estudos» até descobrir «um método inovador de revestimento de alimentos seguro» e «capaz de aumentar a validade dos vários tipos de fiambre fatiado». O fiambre, depois de desembalado, tem atualmente validade de três dias.

Exemplo de um tensioativo

«Tratou-se de um desafio imenso porque foi necessário estudar um vasto leque de variáveis», sublinha Filipe Antunes, citado pela UC. «Começámos por selecionar os polímeros e tensioativos que reunissem as melhores propriedades para o fim pretendido, realizámos misturas e observámos o comportamento dessas combinações, modificámos algumas propriedades, investigámos as concentrações adequadas para obter um revestimento seguro e eficaz, e realizámos sucessivos testes para avaliar a interação dos polímeros e tensioativos com o alimento», explicita o investigador. Além disso, os especialistas, que reproduziram em laboratório as condições, quer dos frigoríficos domésticos, quer dos frigoríficos dos supermercados, efetuaram vários estudos microbiológicos para assegurar «um revestimento antibacteriano e que evite a desidratação e oxidação deste tipo de alimentos, adiando a sua deterioração», salienta Filipe Antunes. O revestimento agora criado é «impercetível aos olhos do consumidor, cumpre as exigências da FDA e pretende aumentar a conservação do fiambre e de outros produtos cárneos após a abertura da embalagem», sintetiza a UC.

Este método inovador, que os seus autores pretendem patentear, «não só resolve um problema da indústria alimentar como também contribui significativamente para a redução do desperdício alimentar», nota Filipe Antunes. O projeto, cujos estudos foram desenvolvidos ao longo de dois anos, foi financiado por fundos comunitários, em cerca de 600 mil euros, através do programa Horizonte 2020.

Fonte: http://www.tecnoalimentar.pt/noticias/ha-um-novo-metodo-que-estende-validade-do-fiambre-sem-comprometer-qualidade/
Imagens : https://paraisodossabores.pt/produto/fiambre-perna-extra/
http://www.quimicalegal.com/tensoativos-o-que-sao/

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