segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

A química dos cheiros

De onde é que derivam os cheiros?

No dia-a-dia, deparamo-nos com variados cheiros mas não percebemos completamente o porquê de os cheirarmos. Para dar resposta a esta pergunta podemos utilizar a química.

Para sentirmos o cheiro é necessário que haja uma interação entre as moléculas odoríferas e as células olfativas da cavidade nasal. Para que isso aconteça, estas moléculas têm de sair de uma fonte (perfume, comida, etc.) e chegar à nossa cavidade nasal. Assim, estas moléculas têm de apresentar certa volatilidade. É por isso que estas moléculas tendem a ter baixa massa molecular, porque geralmente as moléculas mais leves interagem menos umas com as outras, transformando-se em estado gasoso mais facilmente.


Alguns exemplos de substâncias que causam mau cheiro:


  • Ácido caproico- cheiro de cabra

  • Ácido butírico - cheiro de vómito


  • Ácido valérico - cheiro de "chulé"
  • Piridina - cheiro a peixe podre

  • Geraniol - cheiro a fezes de animais ( C11H20O2 )

Por outro lado, também existem substâncias que originam "bom" cheiro:
  • Vanilina - aroma de baunilha


  • Limoneno - aroma da laranja




  • cinemaldeído - aroma da canela


Sabia que?
A maior parte dos maus odores está relacionada com compostos alcalinos. Assim, podemos utilizar o vinagre para diminuir ou eliminar o mau cheiro. Isto é possível pois o vinagre tem uma quantidade elevada de ácido acético, que reage com os compostos que originam o mau cheiro numa reação de neutralização, dando origem a outros compostos que não têm como característica o mau odor.


Mais uma vez, temos de admitir que a química explica a maior parte das nossas atividades diárias e está constantemente presente no nosso quotidiano, mesmo que não nos apercebamos disso.



Adriana Gonçalves
Adriano Martins
Daniela Rodrigues
Inês Cabrita
12º N1/N2








sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

A Origem do Sabão

O processo para se obter o sabão é uma das mais antigas reações químicas. Suspeita-se que sua origem foi a partir da prática de se ferver gordura animal contaminada com cinzas, uma espécie de coalho se forma durante o processo, esta seria uma das descobertas mais importantes da história. 

Por volta do ano de 23-79 d.C, o historiador romano Plínio, o Velho, deixou registado o método de obtenção do sabão duro e mole, e a partir do século XIII iniciou-se a fabricação em larga escala.
A origem do sabão
Só alguns anos mais tarde, através do químico francês Michel-Eugène Chevreul(1786-1889), foi possível constatar que a formação do sabão se dava em virtude de uma reação química. 
Em termos gerais, a reação de saponificação ocorre quando um éster em solução aquosa de base inorgânica origina um sal orgânico e álcool. 

A Reação de saponificação também é conhecida como hidrólise alcalina, é através dela que se torna possível o sabão. Falando quimicamente, seria a mistura de um éster (proveniente de um ácido graxo) e uma base (hidróxido de sódio) para se obter sabão (sal orgânico).


A equação abaixo demonstra este processo: 

Éster + base forte → sabão + glicerol 

Praticamente todos os ésteres são retirados de óleos e gorduras, daí o porquê das donas de casa usarem o óleo comestível para o fabrico do sabão caseiro. 

Equação genérica da hidrólise alcalina: 
Resultado de imagem para reação de saponificação
Curiosidade
Agora uma pergunta bem interessante: qual apareceu primeiro, o sabão ou a prática de lavar roupa? Em tempos remotos, a lavagem de roupas era feita de modo muito diferente. Hoje temos acesso a detergentes, amaciador, etc., há muitos anos não existia nada disso e a alternativa era usar de técnicas nada convencionais. Acredite se quiser, as roupas eram lavadas com urina. Isso mesmo, a urina humana era usada junto à água para limpar as roupas. 

Fontes: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/a-origem-sabao.htm
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/reacao-saponificacao.htm

Adriana Gonçalves
Adriano Martins
Daniela Rodrigues
Inês Cabrita
12º N1/N2

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

A química nos cosméticos

Sabemos realmente o que estamos a usar no nosso corpo?

A utilização de cosméticos data de há milhões de anos atrás. Consta-se que a rainha egípcia Cleópatra tomava banho em leite, como forma de manter a pele bonita. Acredita-se que esta prática devia funcionar, dado que o ácido láctico promove a remoção das células mortas da pele.


Sabe-se também que na Grécia Antiga, 3 mil anos antes de Cristo, as mulheres usavam pó de carbonato de chumbo ( PbCO3 )para empalidecer o rosto.

                           
Atualmente, a indústria dos cosméticos utiliza uma imensa variedade de químicos, sendo que alguns deles (não todos!!) são prejudiciais ao nosso organismo e a nossa ignorância no assunto previne-nos de os identificar.

Assim, devemos todos ter uma especial atenção à lista de ingredientes dos produtos que utilizamos diariamente e que estão a ser introduzidos na nossa corrente sanguínea.


Com a leitura da lista de ingredientes de certos produtos de cosmética, verificamos a existência de nomes impronunciáveis. Estes compostos são utilizados porque são baratos, fáceis de adquirir e fáceis de diluir.

Os ingredientes utilizados nos cosméticos apresentam diferentes características, como por exemplo, a função de:

  • emulsificantes (tornar os produtos homogéneos) : álcool cetílico e laurilsulfato de sódio


Álcool cetílico



Laurilsulfato de sódio

  • corantes: dióxido de titânio (TiO2) e óxido de zinco (ZnO)
  • emolientes (capacidade de espalhamento e lubrificação do produto): ácidos carboxílicos


Radical dos ácidos carboxílicos
  • espessantes ou controladores de viscosidade: propilenoglicol (ou propano-1,2-diol)


Propilenoglicol

Atualmente, a indústria dos cosméticos tem sofrido uma inovação com a introdução da nanotecnologia.
Exemplos típicos da aplicação da nanotecnologia nos cosméticos são as nanopartículas de dióxido de titânio introduzidas nos protetores solares (para que estes não deem um aspeto de camada branca na pele) ou a utilização de nanopartículas de lípidos sólidos para a libertação lenta da fragrância em perfumes.





Adriana Gonçalves
Adriano Martins
Daniela Rodrigues
Inês Cabrita
12º N1/N2


quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Éteres no quotidiano

Éteres no quotidiano

Éteres são compostos orgânicos caracterizados pela presença de um átomo de oxigénio (O) ligado a dois radicais alquila, ou seja, hidrocarbonetos.



Os éteres são compostos incolores, de cheiro agradável e pouco solúvel em água.

As propriedades físicas dos éteres são:
  • É uma molécula polar
  • Pouco solúvel em água
  • Pode aparecer, em condições ambiente, no estado gasoso, líquido e sólido.

Estes compostos são usados como:

  • Solventes de óleos, gorduras, resinas
  • Na fabricação de seda artificial
  • Na medicina, como anestésicos e na preparação de medicamentos.


O éter etílico, ou éter dietílico e o éter sulfúrico são os éteres mais comuns.
Uma das aplicações do éter etílico é ser anestésico geral, devido às suas propriedades voláteis.

(éter etílico)

Podem ser produzidos a partir de:

  • Etanol, para gerar éter etílico
  • Ácido sulfúrico, para originar éter sulfúrico.

Adriano Martins
Adriana Gonçalves
Daniela Rodrigues
Inês Cabrita
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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

O que queres beber? Pode ser Coca-Cola?

Resultado de imagem para coca cola quimicaA fórmula da Pepsi tem uma diferença básica da Coca-Cola e é propositada exatamente para evitar um processo judicial. Não é diferente porque não conseguiram fazer igual e é próximo o suficiente para atrair o consumidor da Coca-Cola que pretende um diferente com menos sal e açúcar. 
Tirando a (muita) quantidade de sal que a Coca-Cola usa - 50mg de sódio na lata - e observa-se que a Coca-Cola fica igual a qualquer outro refrigerante cheio de porcarias, adocicado e enjoativo. É exatamente o Cloreto de Sódio em exagero (que eles dizem ser ‘very low sodium’) que refresca e ao mesmo tempo dá ainda mais sede, pedindo outro refrigerante. A Coca-Cola não enjoa porque o tal sal matam, literalmente, a sensibilidade ao doce e às 39 gramas de ‘açúcar’ (sacarose) de uma lata de Coca-Cola. 39g ou mais de 11% do conteúdo da lata de Coca-Cola é açúcar, algo equivalente a 3 colheres de sopa cheias de açúcar por lata (330 ml)
Fórmula da Coca-Cola?
Não se sabe ao certo, mas há certos ingredientes de que se tem a certeza fazerem parte do refrigerante.
  • Concentrado de Açúcar queimado (leia-se, caramelo, para dar uma cor escura e sabor)
  • Ácido ortofosfórico (tem um pH muito baixo)
  • Sacarose (açúcar)
  • HFCS – High Fructose Corn Syrup (açúcar líquido da frutose do milho)
  • Extrato da folha da planta COCA (África e Índia)
  • Outros aromatizantes naturais de outras plantas
  • Cafeína
  • Conservante que pode ser benzoato de sódio ou benzoato de potássio, dióxido de carbono (para fritar a língua quando você a toma e, junto com o sal, dar a sensação de refrigeração e o responsável pelo "gás")
O uso de ácido ortofosfórico e não o ácido cítrico, como todos os outros usam, é para dar a sensação de dentes e boca limpa ao beber. O ácido fosfórico literalmente frita tudo, em quantidade pode até causar decapamento do esmalte dos dentes; já o ácido cítrico ataca com muito menor violência, pois o ortofosfórico ‘chupa’ todo o cálcio do organismo, podendo causar osteoporose e comprometer a formação dos ossos e dentes das crianças em idade de formação óssea (idade de 2 a 14 anos). Ácido fosfórico só por si queima o cristalino do olho, queima a pele, ... É proibido usar ácido fosfórico em qualquer outro refrigerante, pois só a Coca-Cola tem permissão; se um dia ela tirar, ficará com sabor a sabão.
Fonte: http://www.noticiasnaturais.com/2014/11/refri-nunca-mais-uma-aula-sobre-a-formula-e-a-quimica-da-coca-cola-e-de-outros-refrigerantes/
Sabia que...
Em muitos estados dos EUA as patrulhas rodoviárias carregam Coca-Cola no porta bagagens para utilizar na remoção de sangue da estrada depois de um acidente;
Resultado de imagem para corrosivoSe colocar um osso no refrigerante ele dissorver-se-á em dois dias e uma unha em quatro (explicado o porquê acima); 
Para limpar algumas corrosões basta despejar Coca-Cola ou um pano embebido nesta, aplicar à volta e esperar que desfaça o óxido formado;
Para transportar o concentrado do refrigerante, os camiões dever ter a informação de que transporta um material perigoso, reservada a materiais altamente corrosivos;
Os distribuidores da própria marca usam o refrigerante para limpar os motores (há uns vinte anos que o fazem!).

Fonte: http://quimicoestudante.blogspot.pt/2011/12/10-curiosidades-de-coca-cola.html

Adriana Gonçalves
Adriano Martins
Daniela Rodrigues
Inês Cabrita
12ºN1/N2


sábado, 17 de fevereiro de 2018

Álcoois no quotidiano

Álcoois no quotidiano

No seguimento do post anterior, hoje vamos falar do etanol.

O etanol, também denominado de ácido etílico, ou vulgarmente denominado de álcool, é o mais comum do grupo dos álcoois.



O etanol é usado como:
  • Antisséptico e desinfetante
  • Em bebidas alcoólicas
  • Solvente de tintas, vernizes, perfumes etc.
  • Combustível e aditivo da gasolina (antidetonante)
  • Na indústria para obtenção de vários compostos orgânicos (como por exemplo, o éter e o ácido acético).

O etanol pode ser obtido de três maneiras diferentes:
  • Fermentação, é o processo principal, que consiste na adição de micro-organismos a um caldo de cana de açucar para que estes quebrem as ligações da molécula de açucar, originando etanol e dióxido de carbono.

  • Hidratação do etileno em meio ácido:
                                               C2H4 + H2O → C2H5OH
  • Redução de acetaldeído ou etanal:

Fonte: https://www.novacana.com/etanol/fabricacao/ ;
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/principais-alcoois.htm

Adriana Gonçalves
Adriano Martins
Daniela Rodrigues
Inês Cabrita
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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Álcoois no quotidiano

Álcoois no quotidiano


Os álcoois são compostos orgânicos que contêm um ou mais grupos funcionais hidroxilo (-OH) ligados diretamente a átomos de carbono.



Os dois álcoois de maior importância comercial e mais comuns são o metanol e o etanol.



O metanol (ou álcool metílico) é o álcool mais simples que existe e é muito solúvel dado que possui moléculas pequenas com o grupo hidroxilo, o que permite estabelecer ligações de hidrogénio.

O metanol é usado como:
  • matéria-prima do formaldeído (usado na produção do formol)
  • solvente em processos de obtenção de produtos de origem animal e vegetal
  • solvente de tintas e vernizes
  • na perfumaria
  • na produção de biodiesel
  • na preparação de medicamentos 
  • combustível de motores, como aviões a jato e carros de corrida.
O metanol é também denominado de álcool metílico ou álcool da madeira, porque por muito tempo a sua fonte de obtenção era a destilação seca da madeira, na ausência de ar.
Existem outras três formas de obtenção do metanol, que são:
  • A partir do monóxido de carbono na presença de um catalisador metálico como o zinco ou o cobre:
                                           CO(g) + 2 H2(g) ↔ CH3OH(g) + H2O(l)
  • A partir do dióxido de carbono na presença dos mesmos catalisadores:

                                           CO2(g) + 3 H2(g) ↔ CH3OH(g) + H2O(l)
  • Por oxidação controlada do metano:
Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/principais-alcoois.htm

Adriana Gonçalves
Adriano Martins
Daniela Rodrigues
Inês Cabrita
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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Porque é que as pilhas não podem ir para o lixo normal?

O que são pilhas?
As pilhas e as baterias são uma pequena fábrica portátil, que transformam energia química em energia elétrica. Elas possuem determinadas substâncias químicas que, quando reagem entre si, produzem energia elétrica, através de reações de oxidação-redução. O problema é que essas substâncias químicas presentes nas pilhas e baterias são altamente tóxicas, e podem fazer mal aos seres humanos e animais. 


Constituição: 
Uma pilha comum contém pelo menos três metais pesados: zinco (Zn), chumbo (Pb) e manganês (Mn). A pilha alcalina contém ainda o mercúrio (Hg). Além dos metais pesados, as pilhas e baterias possuem ainda elementos químicos perigosos, como o cádmio (Cd), cloreto de amónio (NH4Cl) e negro de acetileno.
As pilhas são classificadas de acordo com seus sistemas químicos, podendo haver em cada um deles mais de uma categoria. As categorias são representadas por letras, que normalmente vêm impressas nas pilhas. Além disso, as pilhas podem ser recarregáveis ou não.

Qual o perigo?
O perigo ocorre quando se coloca uma pilha ou bateria no lixo normal, pois há o risco desses elementos químicos perigosos entrarem na cadeia alimentar, causando sérios danos à saúde. Os destinos finais do lixo mais comuns são aterro sanitário e centrais de compostagem.
A pilha, quando colocada no lixo normal, vai para o aterro sanitário (aterros estes que muitas vezes ficam próximos de rios), que fica a céu aberto. Uma vez exposta ao sol, vento, chuva e humidade, as pilhas e baterias oxidam-se e rompem o invólucro de proteção. Os metais pesados e elementos químicos perigosos saem misturados a um líquido que acaba por contaminar todo o lixo em seu redor, podendo atingir o lençol freático local.


Fontes: http://bewsedadilitu.blogspot.pt/2012/03/por-que-pilhas-e-baterias-nao-devem-ser.html
http://www.setorreciclagem.com.br/reciclagem-de-lixo-eletronico/por-que-pilhas-e-baterias-nao-podem-ir-para-o-lixo/

Adriana Gonçalves
Adriano Martins
Daniela Rodrigues
Inês Cabrita
12º N1/N2


quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Descoberta inédita: MDH tem duas fases líquidas

Após toda esta época de festividades carnavalescas pensa-se muito em desintoxicar o corpo, eliminar todo o sangue do álcool... perdão, todo o álcool do sangue (erros de pré- universitários). Para melhorar o corpo e a mente há que hidratar muito, ingerir muitos líquidos e dar preferência ao monóxido de di-hidrogénio. Se não percebeu, está na altura de ler as publicações anteriores. Mas, e se lhe desvendássemos uma descoberta sobre o MDH?

MDH é constituído por 2 átomos de hidrogénio e 1 de oxigénio, tem uma estrutura polar, nem uma caloria e está no centro da roda dos alimentos mas pelos vistos ainda há muito mais a descobrir sobre algo tão precioso para a vida na Terra.

Polaridade da molécula de MDH

"Investigadores da Universidade de Estocolmo descobriram, através de simples raios-X, que, a baixas temperaturas, a água tem duas formas de estado líquido, com diferenças significativas a nível de estrutura e densidade

        

Uma representação artística das duas fases líquidas descobertas
Mattias Karlén
Ao longo dos tempos, vários estudos analisaram a composição da água nos diversos estados: no estado sólido, a estrutura molecular cristalina é bastante ordenada e simétrica. No entanto, em vapor, a água tende assumir uma forma menos estruturada mas, ainda assim, apresenta duas formas de densidade (alta e baixa).
Até agora, nunca se tinha observado diretamente o comportamento da água em estado líquido, mas uma investigação da Universidade de Estocolmo, na Suécia, apresenta agora as primeiras provas científicas de como a água, em estado líquido, se apresenta sob duas formas com tipos de estrutura e densidade diferentes.
Em colaboração com o Laboratório Nacional de Argonne, em Chicago, os investigadores identificaram na água, através de raios-X, duas estruturas diferentes que, posteriormente, foram estudadas no laboratório DESY, em Hamburgo, que revelou que estas diferenças decorriam de duas fases do estado líquido da água.
Os raios-X mostraram que, num estado "gelado", a água pode transformar-se num líquido viscoso e este, por sua vez, quase imediatamente transformer-se num líquido ainda mais viscoso, correspondente a duas densidades diferentes: alta e baixa.
"A nova característica notável é que descobrimos que a água pode existir como dois líquidos diferentes a baixas temperaturas, onde a cristalização do gelo é lenta", revela Anders Nilsson, professor de Física Química da Universidade de Estocolmo e um dos autores do estudo.
“Em poucas palavras: a água não é um líquido complicado, mas dois líquidos simples com uma relação complexa”, acrescenta Lars Pattersson, que também participou na investigação.
Os investigadores acreditam que o estudo, publicado no jornal Proceedings of the National Academy of Sciences, pode representar uma nova abordagem na compreensão de como a água é afetada pelas diferenças de temperatura."



Fonte:http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2017-07-01-Descoberta-inedita-Agua-tem-duas-fases-liquidas
Publicado a 01-07-2017 e consultado a 13-02-2018

Adriana Gonçalves
Adriano Martins
Daniela Rodrigues
Inês Cabrita
12º N1/N2

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Submarinos microscópicos para atacar células doentes

O grupo do Adriano Martins, da  Adriana Gonçalves, da Inês  Cabrita e da Daniela Rodrigues  está, no seu trabalho de investigação, a desenvolver a temática “Química e a medicina” e selecionaram uma notícia que divulga o trabalho desenvolvido por uma investigadora no ramo da nanotecnologia.



Investigadores da Dinamarca estudam a possibilidade de injetar cápsulas minúsculas no corpo para administrar medicamentos

 Leticia Hosta-Rigau, cientista espanhola de 35 anos, lidera a investigação | D.R.

Imagine um submarino microscópico que transporta medicamentos a navegar pela sua corrente sanguínea à procura de células doentes para tratar. O que até há bem pouco tempo parecia ficção científica, ao estilo do filme Viagem Fantástica, pode estar perto de se tornar realidade.

Um grupo de investigadores da Universidade Técnica da Dinamarca, que trabalha na área da nanomedicina (que alia a medicina e a nanotecnologia), está a desenvolver um projeto de cápsulas milimétricas que poderá vir a ter resultados promissores no tratamento de várias doenças.

A equipa de cientistas é liderada por Leticia Hosta-Rigau, uma investigadora, de 35 anos, natural de Barcelona, que recentemente foi galardoada com o prémio Mulheres na Ciência L'Oréal-UNESCO. "Criámos cápsulas, semelhantes a uns minúsculos submarinos, que transportam fármacos no seu interior. Injetam-se e viajam através da corrente sanguínea em busca de células doentes para as tratar", explicou a nanobiotecnologa ao jornal espanhol El Mundo.

Estes minúsculos equipamentos têm a particularidade de estar revestidos por um material que é capaz de detetar as células doentes e que se expressam de uma maneira diferente das células saudáveis. Quando as encontram, diz a publicação espanhola, unem-se às células e são absorvidos através de um processo que se chama endocitose e que permite o transporte de substância do meio extra para o intra celular.

"É lá que o medicamento é libertado", disse Leticia Hosta-Rigau, realçando que todo este processo se encontra em fase de testes. "Estamos a estudar o seu potencial e a ver até onde podemos chegar com eles", disse a investigadora. A linha de investigação que é seguida, explica o El Mundo, faz parte de um ramo da nanomedicina que não se dedica a estudar novosfármacos, mas que se debruça sobre as melhores formas de os dirigir especificamente para determinado local.

Apesar de esta metodologia ter sofrido significativos avanços nos últimos anos, este grupo de quatro investigadores será o primeiro, até ao momento, a produzir cápsulas com compartimentos separados, o que faz que este método seja visto como promissor para o tratamento de várias doenças.

O investigador Samuel Sanchez, natural da Catalunha, também se dedica à criação de nanorobôs capazes de navegar na corrente sanguínea e de administrar medicamentos. No ano passado, o cientista disse ao El País que este método pode vir a ser muito útil para o tratamento do cancro. A vantagem, explicou, é que os fármacos podem ser direcionados para um ponto específico, sem terem de ser libertados em todo o corpo. Entre os vários tipos de nanorobôs, os maiores são do tamanho de uma bactéria ou de uma célula cancerígena. E mil vezes mais finos do que o diâmetro de um fio de cabelo.

Fonte: Diário de Notícias (https://www.dn.pt/sociedade/interior/submarinos-microscopicos-para-atacar-celulas-doentes-5414999.html)
Data de consulta: 12/12/2017

Nobel da Química para as máquinas mais pequenas do mundo

“Bernard Feringa acredita que estas máquinas moleculares poderão vir a estar na origem de robôs (que viajarão até células cancerosas para administrarem medicamentos que as matem) ou de novos materiais (que recebem estímulos químicos para fazerem uma qualquer tarefa), entre muitas outras possibilidades.
(…)
Entretanto, já se produziram “carros” moleculares, elevadores moleculares, sistemas semelhantes aos músculos que se esticam e se contraem e um robô molecular capaz de ligar aminoácidos (os tijolos das proteínas).”

Fonte: Público (https://www.publico.pt/2016/10/05/ciencia/noticia/nobel-da-quimica-1746237) Data de consulta: 12/12/2017


A nanotecnologia é uma criação fantástica da ciência. Associada a esta encontram-se diversas áreas como a medicina. É uma área em ascensão e já há diversos investigadores dedicados aos progressos nanotecnológicos, sendo que os benefícios destes para a civilização são diversos. Na saúde pretende-se substituir determinados exames e tratamentos agressivos por algo realizado a partir de nanomateriais de modo a que os pacientes sofram os menores efeitos secundários possíveis no organismo.


No caso específico do cancro, como a notícia aborda, a quimioterapia (o tratamento mais convencional) não é um tratamento totalmente eficaz e também prejudica fortemente o organismo do paciente comprometendo a sanidade das células que não deveriam ser eliminadas.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Se é natural é bom. Se é químico é mau. Certo? Hum...

“Se é natural é bom. Se é químico é mau. Certo? Hum...

Devemos temer os químicos? A pergunta é pertinente e atual, uma vez que a quimiofobia – um receio exagerado relativamente a produtos químicos ou, num sentido mais lato, à química em geral – aparece disseminada em alguns segmentos da sociedade, em particular entre os adeptos de um estilo de vida “alternativo e natural”. Mas fará sentido uma dicotomia “químico versus natural”? 👍 ou 👎

Na sequência de informação veiculada na internet sobre o monóxido de di-hidrogénio (MDH), um produto químico com características algo assustadoras, várias petições têm circulado para que esta substância seja banida.”
Esta petição foi assinada por vários, de acordo com a notícia, sem se aperceberem que estavam a banir a ÁGUA!!! Porque de facto monóxido de di-hidrogénio não passa de H₂O.

“A pergunta persiste: devemos temer os químicos no geral? A verdade é que a existência de substâncias químicas no solo, nos alimentos ou no nosso organismo, por si só, não é indicadora de perigo. O que interessa saber é qual a substância e qual a quantidade. Por outras palavras, o que faz o veneno é a dose. Isto é verdade para qualquer substância, quer estejamos a falar de produtos sintetizados ou de produtos naturais. Existem valores tabelados para a ingestão segura de determinados compostos. Apenas quando os valores ultrapassam esses limites é que existe risco de toxicidade para o nosso organismo. Abaixo desses valores, podem ser inofensivos ou até mesmo benéficos. 

Exemplo disto, apesar de gerarem com frequência receios, são os aditivos alimentares, reconhecidos pela letra E seguida de um número de três algarismos, na lista de ingredientes de um alimento processado. Por vezes, surgem acompanhados do seu nome químico. Olhando para um exemplo, é normal que tenhamos dúvidas sobre o que estamos a consumir quando vemos “E 300 – ácido ascórbico”. Estranho, não é? Mas esse é o nome da vitamina C, que é adicionada às carnes para evitar que fiquem rançosas.”



                                                       E 300 - Ácido ascórbico


“Não é de todo impossível que um aditivo que se pensava ser seguro possa, por exemplo, provocar efeitos adversos em algumas pessoas mais sensíveis, como reações alérgicas, por exemplo, mas muitos destes compostos são utilizados para garantir a segurança dos alimentos e evitar intoxicações alimentares, não servem apenas para tornar os produtos mais saborosos e apresentáveis. Portanto, existe também uma componente de risco-benefício a ser considerada. 

Aproveitando-se da narrativa simplista de que os produtos artificiais são, por inerência, mais perigosos, o mercado apresentou os produtos naturais como a solução para todos os receios e desconfianças. Mas os produtos naturais, vendidos como alternativas, não são necessariamente mais seguros. Desde produtos naturais nocivos a produtos que de natural nada têm, a oferta é variada.”


Este artigo só nos demonstra como podemos facilmente ser enganados! E como a ignorância pode ser a nossa maior inimiga.

(Excertos do artigo publicado na VISÃO 1286 de 26 de outubro)


Adriana Gonçalves
Adriano Martins 
Daniela Rodrigues
Inês Cabrita
    12º N1/N2